A desinformação representa um dos maiores desafios da atualidade, e, conforme José Henrique Gomes Xavier, o caminho para combatê-la é por meio de uma comunicação pública clara, estratégica e acessível. Na era digital, onde o fluxo de dados é intenso e constante, a qualidade da informação se torna um diferencial essencial para a formação de uma sociedade crítica e bem informada.
Neste cenário, é fundamental compreender o papel da comunicação pública como instrumento de transformação social e como ela pode ser usada para combater boatos, fake news e manipulações que afetam diretamente a vida em sociedade.
O que é comunicação pública e por que ela importa na era digital?
A comunicação pública refere-se à produção e disseminação de informações de interesse coletivo, promovida por instituições governamentais, organizações sociais e agentes públicos. Seu principal objetivo é garantir transparência, fortalecer a cidadania e permitir que a população compreenda e participe das decisões públicas. Com a ascensão das mídias digitais, esse tipo de comunicação passou a ter um papel ainda mais relevante.
A instantaneidade da internet, aliada à multiplicidade de fontes, criou um ambiente fértil para a proliferação de conteúdos falsos ou distorcidos. Por isso, segundo José Henrique Gomes Xavier, é imprescindível que o poder público se aproprie das ferramentas digitais para oferecer informações verdadeiras, didáticas e verificáveis.
Como a desinformação se espalha tão rapidamente?
A desinformação se propaga com rapidez devido à facilidade de compartilhamento nas redes sociais, à ausência de filtros confiáveis e ao apelo emocional das mensagens falsas. Muitas vezes, esses conteúdos são formatados de maneira a gerar impacto, medo ou indignação, aumentando sua viralização. Além disso, o algoritmo das plataformas prioriza o engajamento, independentemente da veracidade do conteúdo.

José Henrique Gomes Xavier explica que isso significa que notícias sensacionalistas, mesmo falsas, tendem a alcançar mais pessoas do que informações técnicas ou bem fundamentadas. Nesse contexto, a comunicação pública precisa atuar de forma estratégica, adaptando suas linguagens, diversificando formatos e utilizando plataformas digitais com eficiência para alcançar diferentes perfis da população.
Quais são os pilares de uma comunicação pública eficaz?
Uma comunicação pública eficiente se apoia em alguns pilares fundamentais:
- Transparência: informações claras, completas e acessíveis aumentam a confiança da população nas instituições.
- Veracidade: o combate à desinformação começa com o compromisso com os fatos e a checagem rigorosa das fontes.
- Acessibilidade: o conteúdo deve ser compreensível para todos, inclusive pessoas com deficiência ou baixa escolaridade.
- Engajamento: é necessário criar canais abertos de diálogo com a população, promovendo escuta ativa e participação social.
De acordo com José Henrique Gomes Xavier, esses pilares permitem construir uma ponte sólida entre os gestores públicos e os cidadãos, promovendo uma sociedade mais informada, crítica e democrática.
Como transformar desinformação em informação confiável?
A transformação da desinformação em informação confiável exige uma atuação proativa. Não basta somente responder a boatos; é preciso antecipar as dúvidas da sociedade, identificar temas sensíveis e disponibilizar conteúdos explicativos antes que as fake news ganhem espaço. Ademais, o uso de dados públicos, infográficos, vídeos explicativos e linguagem inclusiva são estratégias eficazes para facilitar o entendimento da população e aumentar o alcance das mensagens.
Por fim, para José Henrique Gomes Xavier, o uso de redes sociais por órgãos públicos deve ser pautado por planejamento, linguagem estratégica e regularidade. Somente assim é possível competir em igualdade de condições com os conteúdos desinformativos que circulam de forma descentralizada. A comunicação pública na era digital tem um papel estratégico na luta contra a desinformação. Ao utilizar canais de diálogo direto com a sociedade, ela se posiciona como um dos pilares da transparência e da democracia.
Autor: Daker Wyjor