Conforme evidencia Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a ablação endometrial é um procedimento médico destinado a tratar sangramentos uterinos anormais por meio da destruição do revestimento interno do útero. Apesar de eficaz em diversos casos, ainda há muitas dúvidas sobre a possibilidade de concepção após essa intervenção. Entender os limites e as reais consequências do procedimento é fundamental para que pacientes recebam orientações adequadas e mantenham expectativas alinhadas à realidade reprodutiva.
Muitos acreditam que a ablação representa uma forma de esterilização definitiva, o que não é totalmente preciso. Embora o objetivo principal seja eliminar o endométrio funcional, algumas regiões podem regenerar-se parcialmente, permitindo, em casos raros, uma gestação. No entanto, essas ocorrências são consideradas de alto risco e exigem acompanhamento médico rigoroso para evitar complicações.
O que realmente acontece após a ablação endometrial?
A ablação endometrial reduz drasticamente a espessura do endométrio, dificultando a implantação de um embrião. A ausência desse tecido funcional torna o útero menos receptivo, diminuindo as chances de gravidez. Mesmo assim, Tosyn Lopes esclarece que a ovulação pode continuar ocorrendo, o que significa que a fertilidade não é completamente anulada. Por esse motivo, recomenda-se o uso contínuo de métodos contraceptivos após o procedimento, a menos que haja outra forma permanente de esterilização.

Estudos médicos apontam que, quando ocorre uma gestação pós-ablação, há maior probabilidade de complicações, como aborto espontâneo, placenta prévia e parto prematuro. Dessa forma, a decisão de realizar o procedimento deve ser cuidadosamente discutida entre paciente e equipe médica, considerando os riscos, o histórico clínico e o desejo de futuras gestações. A informação adequada antes da cirurgia é determinante para evitar frustrações e garantir segurança a longo prazo.
Principais mitos sobre a concepção após o procedimento
Oluwatosin Tolulope Ajidahun pontua que um dos mitos mais difundidos é o de que a mulher se torna completamente infértil após a ablação. Embora as chances de engravidar sejam muito pequenas, não são nulas. Outro equívoco comum é acreditar que, se houver gestação, ela será sempre bem-sucedida, o que não condiz com a realidade clínica. A maioria das gestações pós-ablação apresenta riscos elevados para a mãe e o feto, exigindo cuidados hospitalares intensivos.
Outro mito recorrente envolve a suposta reversão do procedimento. Profissionais explicam que a ablação é irreversível, pois o tecido endometrial removido não se regenera de forma plena. Por isso, é indicada principalmente para mulheres que não desejam mais engravidar ou que já passaram pela fase reprodutiva. A clareza sobre essas limitações é essencial para uma decisão informada, evitando falsas expectativas e decisões precipitadas.
Cuidados, alternativas e aconselhamento reprodutivo
Segundo Tosyn Lopes, o acompanhamento médico antes e após a ablação é indispensável. Mulheres em idade fértil que ainda consideram a maternidade devem conversar sobre alternativas terapêuticas, como o uso de hormônios, dispositivos intrauterinos ou intervenções menos invasivas. A avaliação detalhada do histórico clínico, do estado do endométrio e dos níveis hormonais auxilia na escolha do melhor tratamento para preservar a fertilidade quando desejado.
Também é importante que as pacientes recebam orientação sobre contracepção após o procedimento. Mesmo que a gestação seja improvável, as consequências de uma gravidez não planejada após a ablação podem ser graves. O aconselhamento reprodutivo oferece informações claras sobre riscos, limitações e cuidados necessários, permitindo que cada mulher tome decisões alinhadas à sua realidade e objetivos de vida. Essa prática contribui também para reduzir mitos e promover o empoderamento feminino nas decisões de saúde.
A compreensão correta sobre o tema ajuda a combater desinformações e reduz a ansiedade que muitas pacientes enfrentam após o tratamento. Oluwatosin Tolulope Ajidahun reforça que a ablação endometrial é um avanço médico importante, mas deve ser vista como parte de um plano terapêutico individualizado, em que o diálogo franco entre paciente e médico é a principal ferramenta para resultados seguros e satisfatórios. Informar-se é o primeiro passo para escolhas conscientes e equilibradas.
Autor: Daker Wyjor
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.