Para o empresário Teciomar Abila, ensinar noções de investimentos a crianças e adolescentes é uma estratégia poderosa para formar adultos financeiramente responsáveis e preparados para tomar decisões inteligentes. Ao compreender desde cedo conceitos como poupança, juros e rentabilidade, os jovens desenvolvem uma relação saudável com o dinheiro e passam a enxergar o valor do planejamento de longo prazo.
A importância de começar cedo
Na visão de Teciomar Abila, a introdução de conceitos financeiros na infância e adolescência cria bases sólidas para a vida adulta. Diferente do que muitos pensam, esse processo não precisa ser complexo ou técnico. Pelo contrário, deve ser adaptado à idade e ao nível de compreensão, utilizando exemplos práticos e linguagem simples.
Ensinar sobre investimentos desde cedo também estimula habilidades como disciplina, paciência e pensamento estratégico, que serão úteis não apenas no aspecto financeiro, mas em diversas áreas da vida.
Tornando o assunto acessível
Segundo Teciomar Abila, a chave para falar sobre investimentos com jovens está em traduzir conceitos do mercado financeiro para situações do cotidiano. Um exemplo é explicar o funcionamento dos juros compostos utilizando um cofrinho ou uma simulação de mesada guardada ao longo do tempo.
Outro recurso eficaz é usar jogos e aplicativos educativos que simulam investimentos de forma lúdica. Essas ferramentas tornam o aprendizado mais interativo e ajudam os jovens a assimilarem a ideia de que o dinheiro pode trabalhar a seu favor.
Conceitos básicos que devem ser apresentados
Conforme destaca Teciomar Abila, alguns temas são fundamentais para a compreensão inicial do universo dos investimentos:
- Diferença entre poupar e investir: explicar que guardar dinheiro é importante, mas aplicá-lo com estratégia pode gerar ganhos maiores.
- Risco e retorno: mostrar que investimentos com maior potencial de lucro geralmente também envolvem mais riscos.
- Diversificação: ensinar que não é seguro colocar todo o dinheiro em um único tipo de aplicação.
- Objetivos financeiros: reforçar a importância de investir com metas definidas, sejam de curto, médio ou longo prazo.
Esses conceitos, apresentados de forma gradual e prática, ajudam a construir uma mentalidade de investidor consciente.

Exemplos práticos para cada faixa etária
Para crianças, o ideal é usar exemplos concretos e próximos da realidade. Um bom exercício é criar um “projeto” de compra de um brinquedo ou um livro, calculando quanto tempo será necessário para juntar o valor e como o dinheiro pode render se for colocado em uma poupança.
Para adolescentes, é possível introduzir noções de investimentos mais avançados, como títulos de renda fixa, fundos de investimento ou até ações, sempre ressaltando a importância de estudar antes de aplicar. Nessa fase, também é interessante mostrar simuladores online que demonstram o impacto dos juros compostos ao longo dos anos.
Incentivando a prática e a autonomia
Assim como frisa Teciomar Abila, o aprendizado sobre investimentos só se consolida quando o jovem tem a chance de praticar. Uma alternativa é criar uma “conta investimento” fictícia, onde ele possa registrar aplicações simuladas e acompanhar a evolução dos rendimentos.
Outra possibilidade é destinar uma parte real da mesada para aplicações simples, com supervisão de um adulto. Essa vivência prática desperta o interesse e mostra que investir é algo acessível e possível.
O papel da escola e da família
A educação financeira e o ensino sobre investimentos ganham força quando família e escola trabalham juntos. Os pais podem reforçar no dia a dia os conceitos aprendidos, enquanto a escola cria projetos e atividades que explorem o tema de forma estruturada.
Feiras de educação financeira, desafios de economia e programas de empreendedorismo escolar são exemplos de ações que ajudam a fixar o conteúdo e estimulam a aplicação prática.
Benefícios a longo prazo
Ao aprender sobre investimentos ainda na juventude, o indivíduo chega à vida adulta com uma base sólida para tomar decisões financeiras assertivas. Isso significa mais segurança para enfrentar imprevistos, maior capacidade de construir patrimônio e melhores condições para realizar sonhos, como estudar no exterior, abrir um negócio ou comprar um imóvel.
Além disso, jovens que compreendem a importância de investir tendem a adotar uma postura mais responsável diante do consumo, evitando dívidas e buscando alternativas para fazer o dinheiro render.
Conclusão
Ensinar investimentos para crianças e adolescentes é um investimento em si, pois prepara as próximas gerações para um futuro mais seguro e próspero. Com linguagem adaptada, exemplos práticos e incentivo constante, é possível transformar conceitos financeiros em hábitos de vida.
Quando a educação financeira é incorporada desde cedo, forma-se um ciclo positivo: jovens mais conscientes, adultos mais preparados e uma sociedade mais equilibrada economicamente.
Autor: Daker Wyjor